terça-feira, 31 de agosto de 2010

Canções para não dormir

O comércio para bebês tem de tudo. Os pequenininhos ainda nem tem preferências, mas as ofertas são variadas. Antes eu nem reparava muito nesses produtos. Mas hoje nada passa batido. Hoje recebi um email com uma oferta completamente recusável. A nova edição do DVD "Bebê mais cantigas". Música pros bebês? Ótimo! Eu já estou pensando no primeiro equipamento de som do nosso bebê. Mas não será qualquer música. Bom, o DVD oferece o seguinte: "...o universo musical das melhores cantigas brasileiras (...) com as participações especiais de Dinho Ouro Preto e Nando Reis". Ôpa. Aí não. Imagina se eu vou colocar "Pirulito que bate, bate" - sim, ele canta essa música - na voz de Dinho Ouro Preto pro meu bebê dormir? Não, não vou. Você colocaria?

As urgências da gravidez ou O primeiro desejo

Foi ontem. 16 semanas e um dia. E de repente surgiu o desejo incontrolável. Não, não quis comer tijolo nem lamber asfalto quentinho. Não quis suco de melancia com hortelã nem de jaca com mel. Lenda esse negócio de desejos absurdos. Acho que no fundo é carência. Eu apenas, numa noite quente, quentíssima, desejei imensamente uma garrafinha de H2O sabor maçã com limão. Na padaria não tinha. O jeito foi passar numa loja de conveniência do posto. Pronto. Desejo atendido. Sou uma grávida boazinha. O pedido foi praticamente em horário comercial. E agora (ufa!) o bebê não vai nascer com cara de garrafa pet.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

As noites e o que elas trazem

Li em algum lugar, talvez em um super site especializado, que grávidas geralmente têm pesadelos. Se eu já costumava ter antes, imaginem agora...Outro dia sonhei que meu marido estava dando corda para uma japonesa ruiva. Foi o suficiente para armar um super escândalo no sonho, com frases do tipo 'Vc é casado é com essa japa?' e, ao primeiro sinal de reação da moça, 'Filhinha, eu por acaso estou falando com você?'. O sonho (ou pesadelo?) acabou antes de começar a pancadaria, mas no outro dia nem queria olhar pro coitado do marido.
Ontem foi outra noite de pesadelo. Não consegui lembrar até agora o que aconteceu, mas sei que dormi vendo novela e acordei berrando duas horas depois. Só lembro do coitado correndo da sala para o quarto, interrompendo um ótimo jogo em que Flamengo e mais algum time que esqueci agora empatavam em 0 a 0, na tentativa de me acalmar. Segundo ele, foi berreiro digno de filme de terror. Ainda bem que esqueci tudo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os sites especializados. Hein?

Junto com a gravidez, claro, vem a curiosidade. Você quer saber o que o bebê fica fazendo lá dentro já que você não pode ver. É nessa hora que a gente apela para os sites especializados - ou quase. Tem um que manda boletim toda semana. Gostei. Para as interessadas, é http://brasil.babycenter.com/ Então na semana passada descobri que o bebê já fica vesgo dentro da barriga. Achei isso de muita utilidade. Porque aí fico imaginando o bichinho vesguinho da silva. Pense. E nesta semana já sei que ele consegue soluçar e dar cambalhotas. Mas eu (ainda) não sinto. A frase do site é hilária. "Esses movimentos iniciais podem até parecer gases, mas são, na verdade, as cambalhotas de seu filho". Então tá. Da próxima que vez que pensar em soltar um pum, vou lembrar disso.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E são nove meses. Isso, nove meses.

Confirmado: vocês estão grávidos. Pra mim, a notícia extrapolou os conceitos de medição de uma notícia. Boa, ótima, sensacional? Não há como medir. Vamos ter um filho, uma filha! Estamos vendo nascer a nossa família. Minha, dela e do bebê. Não é incrível? Sim, é! É demais! O que? Ahn? Nove meses? Tem que esperar nove meses? É mesmo, hein? Nove meses. Caramba! Nove meses! Como eu vou aguentar?

A notícia da chegada de um bebê é assim. Uma alegria incomensurável e uma espera inevitável. Para o pai, é isso. Meu corpo não vai mudar, não vou ter de passar pelos exames, usar os cremes, tomar as vitaminas, comprar novas roupas, sentir os enjôos. Vou estar ali, ao lado, sempre, em todas as horas. Sim. Vou estar ali ajudando, apoiando. Esperando. Eu não sei como é a espera para a mãe, certamente é diferente. Todas as mudanças biológicas, enfim. Talvez isso ajude um pouco a mamãe vivenciar aos poucos os noves meses. Pro pai? Eu já queria pegar o bebê no colo logo depois de ler o resultado positivo do teste de gravidez.

Mas vamos lá. As coisas boas tem mesmo seu tempo para acontecer, maturar. No caso do nosso bebê são nove meses. E imagino que o tempo deve ser ficar irrisório comparado à alegria no dia do nascimento. Depois dessa constatação, eu resolvi curtir tudo. Os exames, a compra das roupinhas, os livros de guia do papai. Curtir mais uma vez a confirmação de que preciso ser o braço direito dela, ficar ao lado, presente sempre. Em tudo.

A barriga

Logo após a notícia da gravidez ser espalhada pelos quatro cantos do seu mundinho, você descobre que vai ter que aprender a lidar não só com a sua ansiedade, mas com a dos outros também. E a principal pergunta - excluindo, claro, a do sexo do bebê (calma, ainda não sabemos!) - é sobre a barriga. 'Uai, não vai aparecer não?' e 'Cadê a barriga?' são os questionamentos que mais ouço no momento. Mas tem gente que já vê por outro ângulo. 'Menina, já tá pontuda!'. 'Seu corpo está mudando, né? Até seu rosto está diferente!' O que posso dizer é que olhando assim, do meu ângulo, de cima pra baixo, estou achando gigante! Estar grávida é ficar de olho na balança. Por hora, segundo a médica, posso ganhar míseros 100 gramas por semana. Será que dá pelo menos pra continuar comendo chocolate todo dia?

domingo, 22 de agosto de 2010

O princípio

A notícia da gravidez foi engraçada. Primeiro, o teste de farmácia. 'Ei, tá dizendo aqui que um risquinho azul quer dizer gravidez'. Será? Melhor fazer o exame de sangue. No mesmo dia saiu o resultado: positivo. Mas e se estiver errado? Melhor confirmar com ultrassom. Durante o exame, a médica disse 'olha, o bebê é esta carninha aqui'. Então quer dizer que tem bebê? Antes mesmo da confirmação formal, o corpo já dava sinais de que havia algo de novo. Mal estar e muitos, muitos enjoos. Eles agora são mais fraquinhos. Conforme o tempo vai passando, vão diminuindo também. Aliás, contar o tempo foi o primeiro aprendizado da gravidez. Descobri que o ano não deve ser contado por meses, mas por semanas. Hoje mesmo estou completando a 15ª. E logo meu cérebro vai tentando converter isso em meses. São quase quatro. Mas a contagem por semanas não é só uma chatice de médico. Descobri a finalidade. Quando você está grávida, uma semana pode ser muito longa, com muitas experiências e mudanças. O bebê que você abriga vai mudando de uma semana para outro, seu corpo também. E você aprende a aceitar tudo o que aquela semana reserva pra você.