domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aprendendo a ser mãe

Minha filha me ensinou a ter calma. Foi uma das primeiras lições. E foi assim que entrei no centro cirúrgico para deixar de ser grávida e me tornar realmente mãe. Rapidinho ouvi o choro, o primeiro. E logo senti o rostinho dela perto do meu. Pela primeira vez. É tudo novo, tudo aprendizado. E é ela quem me ensina. A primeira noite foi de euforia. Tanta que não preguei o olho. Passei horas observando cada movimento. E nunca vou me esquecer de como ela mexia os bracinhos e colocava na cabeça, nos olhos ou balançava como um maestro regendo a orquestra. Ainda hoje é assim. E na barriga já era assim. Era isso que eu sentia. Agora eu sei. Temos noites mais calmas, outras mais agitadas. Às vezes choro junto com ela quando vem as cólicas. Ser mãe é se sentir também impotente diante da dor do filho. Sentir um cansaço que você não sabia que podia existir. Sentir que tudo vale a pena e que é só isso que vale a pena só de olhar pra ela dormindo e rindo muito quando sonha. Com o que ela sonha? Eu tento imaginar, mas nunca vou saber. O meu sonho é uma menininha de olhos grandes e rostinho cheio, com o melhor cheirinho do mundo e que segura meus dedos com uma força danada e me faz ter certeza do que é ser feliz.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

E Alice nasceu!

Alice nasceu! Já passou um dia, dois dias, uma semana... duas semanas! Parece que o tempo parou depois que nossa menininha chegou. Parou no semblante de paz que ela tem. O tempo para quando a gente pega ela dando um daqueles sorrisos de canto de boca. A gente não sabe qual o motivo da risada. É mais um desses mistérios que só um bebê em casa pode nos fazer perceber. E não entender. Alice já chegou por aqui fazendo uma coisa rara: reunindo as famílias. Os vovôs chegaram e voltaram, a vovós chegaram e ficaram.

O dia de seu nascimento foi inesquecível. Desde os sinais sentidos pela mamãe em casa, à informação da médica de que "vamos marcar para as 17 horas". Comum para ela, chocante para nós. A minha corrida até em casa para buscar as malas das duas. O suco de uva que comprei pra sua mãe. A minha tensão na sala de cirurgia. A calma da sua mãe. As fotos que fiz de seu nascimento, os vídeos que gravei (e que, de tão emocionado, não gravei porque esqueci de clicar no botão de REC). O primeiro contato rosto a rosto de mãe e filha. Inesquecível.