quarta-feira, 4 de maio de 2011

Maio diferente

Daqui a quatro dias vou viver de um jeito diferente uma data em que estou acostumada a festejar outras pessoas. Vai ser o meu primeiro dia das mães. Sou de primeira viagem, estou ainda no prezinho da maternidade. As lições são diárias e a primeira que aprendi é que, sim, pode existir amor maior do que eu imaginava. Bastou ver o rostinho, na sala de cirurgia, para descobrir isso. Hoje tudo na minha vida gira em torno dela. Os horários da pequena comandam os meus. E se saio por alguns instantes, sinto saudade. Se ela dorme mais de uma hora, sinto saudade. É uma ligação inexplicável. Muitas vezes, tenho desejo de ter um tempo só meu, de ir ao salão de beleza, dar uma volta sozinha no shopping. Mas olho para Alice, ela sorri e não tenho outra vontade a não ser de que ela seja imensamente feliz. E quero ficar perto, grudada. Eu tive muitas dúvidas antes de engravidar. Pensava se era mesmo o momento certo, se ia me arrepender depois. Perguntava a minhas amigas como elas souberam que queriam mesmo ser mães. Balela. Basta olhar para aquele rostinho redondo e tão branquinho, de olhos espertos demais, para ter certeza que minha vida ganhou outro sentido. Eu sou mãe, afinal.