sábado, 26 de março de 2011

Diário de bordo

Atualizar este blog tem sido tarefa cada vez mais difícil. A pequena quer dedicação integral. No tempo que sobra, a gente faz o básico, o essencial pra sobreviver, como tomar banho, comer e, claro, pintar as unhas que um pouquinho de vaidade não faz mal a ninguém. Claro, desde que não seja no salão, mas em casa mesmo, entre uma mamada e outra. Alice vai completar dois meses em breve. O tempo voou e o clima agora é - quase- de calmaria. Marinheiros de primeira viagem, fomos aprendendo a cuidar dela do melhor jeito possível, respeitando a personalidade. Sim, ela não tem nem 60 centímetros e já sabe o que quer. Há muitos mitos e conselhos furados por aí, mas troca de experiências entre mães é tudo de bom. Assim a gente percebe que não está sozinha nessa árdua tarefa. Ser mãe é mesmo um aprendizado constante - acho que já falei isso aqui. Depois que Alice nasceu, fiz algumas descobertas. Vou dividir com vocês.
Amamentação - Esqueçam as propagandas do Ministério da Saúde, com mães muito felizes, dispostas e maquiadas falando sobre os benefícios do nosso leitinho. Amamentar é quase desesperador nos primeiros dias - e isso ninguém fala. Dói horrores, machuca mesmo, você acha que não vai conseguir, que a situação vai piorar cada vez mais. Claro, o seio não tinha esse uso e ninguém avisa que vai ser assim. A boa notícia é que se o bebê souber mamar direitinho (e a pequena aprendeu na primeira vez, gracinha!) tudo melhora depois de uns dias. Mas custa dizer isso, explicar antes? Estou pensando até em elaborar uma cartilha bem realista e mandar para o Ministério da Saúde como sugestão. As mães vão ter olheiras e cabelo sujo, mas não vão perder aquele brilho que só a maternidade garante.
Pediatra - A da Alice é ótima, sempre atende o telefone quando ligamos, é sempre muito educada, carinhosa com a pequena. Mas é linha dura demais, rígida, cheia de regrinhas. E logo no começo eu achei que o que ela falava deveria ser regra. Então, vejam só que imbecilidade...Eu amamentava com o relógio na mão, marcando 40 minutos. Segundo ela, a mamada não poderia passar desse tempo porque o bebê emagrece ao invés de engordar. Resultado: ela ficava chorando de um lado e eu de outro, sem saber o que fazer. Ó Pai! Que burrice! Moral da história: aprenda com o seu filho. Ele vai te ensinar mais que o pediatra.
Banho - Não é só a gente que gosta de um bom banho. Pode ser bem relaxante para o bebê. O que descobri é que tomar banho à noite faz toda a diferença no soninho da Alice. Pode não parecer. Imediatamente depois do banho ela fica até mais agitadinha, mas uma hora (e uma boa mamada) depois, ela está pronta pra dormir pelo menos até 4, 5 da manhã.
Sono - O que dizem por aí é mesmo verdade. Nunca mais vai ser a mesma coisa. Eu bem que queria dormir umas 10 horas seguidas, mas qualquer barulhinho desperta a gente. Você passa a viver num estado de sono permanente, mas aprende a lidar com isso. Dorme 'picadinho' e já fica satisfeita quando a soma dá umas 6, 7 horas.
Amor - Não existe mesmo igual. É simplesmente inexplicável. A gente só sente. E pronto.
P.S.: Hoje saí por 2 horinhas apenas e voltei numa saudade danada da pequena. Parecia uma semana.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Papai Nina Alice

Dia desses - quer dizer, noite dessas - me peguei agradecendo assim: "valeu, Elvis, valeu!". Explico. Eu tentava fazer Alice dormir. Depois de mamar, ela ficou agitadinha, chorando. Pra dar um descanso pra mamãe, peguei ela no colo e fui pra outro quarto. Naquele embalo, balança dali, balança daqui, comecei a cantar coisas que me vem à cabeça. Invento musiquinhas (Marina também faz isso). Não estava adiantando. Recorri aos mestres, então. Não sei nem bem o motivo, mas comecei a cantar "Love me tender". Procurei uma música na minha cabeça, bem rápido, que tivesse aquele embalinho. Foi sucesso! Alice dormiu na hora. Ah, outro dia tentei "Love me" (sugestão do Tio Felipe, hein!), também do Elvis. Sucesso! 

Bem, a música é um negócio que acompanha a nossa história com a Alice desde o começo da gestação e vai continuar assim, creio. Além de tocar violão quando ela estava na barriga (algumas músicas causavam uma reação alucinada, vários chutes na mamãe), eu comecei a gravar algumas canções que ia fazendo pra Alice. Uma semana antes dela nascer, estavam 11 músicas prontas. Gravei tudo em casa mesmo, no tempo que dava. É o meu presente pra Alice. Um cdzinho só dela. Com suas primeiras músicas. Espero que os amigos, amigas e tios, tias gostem também.

Ah, todas as músicas estão no ipodzinho da Alice. Junto delas, o repertório conta também com muitas músicas da coleção rock lullaby (com Led Zeppelin for babies, Beatles, Stones, The Who... só a nata), o disco do Pato Fu, 'Música de brinquedo' e várias músicas do Bach (todas em violão). Esse é o primeiro set list da pequena Alice!

PS. Se quiserem ouvir, há no canto direito uma lista com todas as "nossas" músicas. Se quiserem baixar, há este site: Papai Nina Alice