segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Não tentem guiar o papai

A minha leitura tem sido o 'Guia do papai'. Agora eu sei como as mulheres se sentem quando se deparam com um manual de algum aparelho eletrônico. Desculpem, não pude resistir à piada infame. Mas eu queria dizer é que só vou saber como cuidar da Alice quando ela nascer. A teoria, como segurar ela no colo, dar banho, lavar o cabelo, colocar os bodies... tudo está lá. E eu estarei lá para tentar aprender tudo isso.

Sim. Ninguém precisa me dizer que terei de ajudar a cuidar da minha filha. Existe nas pessoas uma mania de sempre cobrar do futuro pai: "você vai ajudar, né!?". Que saco. Eu sei, ninguém quer me ofender ou me aborrecer, mas é um saco, é. Claro que eu vou ajudar. E não vai ser por que vocês estão cobrando, mas porque é minha filha, oras. E eu preciso ajudar a mãe dela também. Certinho?

Alguma coisa ainda existe na cabeça das pessoas (até agora, todas mulheres), que diz que um filho bebê é um estorvo pra um pai. Nem sempre é. 

Eu vou cuidar da Alice porque quero participar desse momento. E lá vou eu ao 'Guia do papai'!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Os ensinamentos da gravidez

Quando você está grávida, desperta um sentimento engraçado nas pessoas. De repente, todos se interessam por você. Ou quase todos. Mas, em geral, perguntam se você quer se sentar, se está bem, se bebeu água, se está comendo direito, alisam sua barriga, se preocupam com seu inchaço, preparam lanchinhos pra você...O melhor é que é um sentimento sincero. Você está grávida, isso é explicação pra tudo. "Trouxe essas rosquinhas pra você, você está grávida, precisa comer direito". Mas agora, que estou na reta final da gravidez, fico pensando que vou sentir falta dos mimos. A gestação deveria servir de exemplo. Não deveria ser só por 9 meses, nem só para as grávidas. Mimar amigos e parentes custa tão pouco e pode ser muito mais prazeroso para nós que para quem recebe o carinho. Fazer um bolo, comprar um cartão, mandar um email inesperado, afirmar o quanto gostamos e como nos preocupamos com o outro...É tão simples, não custa tentar.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como será (2)?

Pois é, como será a Alice? Ainda sobre isso que a mamãe dela tava falando no último texto, eu me lembrei de uma música que fala sobre essa expectativa de como será o bebê que vem aí. Se chama 'Será' e é daquela dupla, Palavra cantada. A música é bem bonita e descreve completamente essa ansiedade que a gente vive nesse período.

Palavra cantada - Será by Pablo Alcântara

Será que eu
Canto bem pra
Você
O que será que tu
Ouves de mim?
Será que eu
Adormeço você?
Ou será que és
Um sonho pra mim?
Será que eu
Me apresento a
Você?
Ou será que
Sabes tudo de mim?
Será que eu
Sou bem bom pra
Você?
Será que tu
Serás boa pra mim?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Como será a pequena?

Sonhei com a pequena nesta semana. Era o dia de nascimento dela. Uma menininha com muito cabelo, pretinho, rosto cheio e o nariz meio achatado. Aí encuquei com isso e ficava perguntando pra minha mãe `De quem ela puxou esse nariz?` Ela dizia `É assim mesmo, todo bebê nasce inchado`. Aí o sonho acabou.
É gostoso o exercício de imaginar como vai ser a pequena, de quem vai herdar os traços, que personalidade vai ter...Será que vai nascer cabeludinha como a mãe? Ou carequinha como o pai? Será que vai ter os olhos bem grandes ou amendoados? E será que transmitimos a ela genes recessivos, pra formar o 'aa' dos olhos bem azuis? Será que vai ser comprida e magrinha ou menor e mais gordinha? Será que vai mexer tanto aqui do lado de fora quanto dentro da barriga? Vai ser zen como o pai ou agitada como a mãe? Vai puxar o lado árabe, o português, o espanhol ouo indígena da família? Ou todos ao mesmo tempo? São muitas perguntas, muitas possibilidades. Certezas mesmo tenho poucas. Ela gosta muito de música, principalmente composições do maior artista lá de casa, ama tanto chocolate que chega a dar piruetas e já é uma criança muito amada e que mudou as nossas vidas.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O peso da gravidez

Bem que quem já passou por isso me avisou. 'Calma, a barriga vai crescer', 'Vai pesar, você vai ver...' Pois é, está pesando agora. Mas o problema não são os quilinhos extras no buchinho. É mais embaixo. Calma, mentes poluídas. É bem embaixo mesmo. Meus pés não dão trégua. Um inchaço terrível, acompanhado de dor. E não há sapato que sirva. Nem estou falando em conforto, mas em algo que entre pelo menos. O mais difícil de tudo é conseguir manter o equilíbrio porque os dois não estão sincronizados nem no inchaço. Momentaneamente, um pé é 38 e o outro 39.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tá liberado!

A gravidez é cheia de regrinhas e 'dicas' que a maioria das mulheres faz questão de oferecer como um ato de profunda solidariedade - muitas vezes indesejado, sejamos sinceras. Difícil é identificar o que tem ao menos um fundinho de verdade e o que é puro mito. Duas ou três mães mais experientes já me alertaram sobre os grandes males provocados pelo consumo de chocolate (Ah nãoooo!). Segundo elas, mesmo agora, na gestação, deve ser evitado porque futuramente causa cólicas no bebê. Então, sempre que estou prestes a devorar um bombom (bem, na verdade nunca paro em um, sou capaz de comer dez de uma vez), penso na pequena chorando de dor. Apesar do peso na consciência, não consigo evitar. E dá-lhe chocolate! Mas hoje recebi um email com informações que, a partir de agora, adotarei como verdade absoluta e universal. Começa com um questionamento importantíssimo para a humanidade, sobretudo a de barrigudas: 'Será que a grávida pode devorar barras de chocolate?' E a resposta (podemos comemorar gestantes do meu Brasil varonil!): 'Boa notícia: pode! Há até um estudo finlandês mostrando que mulheres que comeram chocolate durante a gravidez acabaram tendo bebês mais tranquilos'. Yeeees!!!! E tem mais: 'Outra pesquisa indica ainda que o chocolate, especialmente o tipo meio-amargo, pode ajudar a prevenir complicações na gravidez, como a pré-eclâmpsia'. U-hu! Tá liberado, filha.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A dança de Alice

Estamos na reta final. Entrei oficialmente no último trimestre de gestação, o que significa que, no máximo em três meses, a barriga vai deixar de ser abrigo da pequena. Mas enquanto isso continua causando polêmica. A barriga é o grande símbolo da gravidez e norteia todos os comentários. Tem gente que acha que ainda está pequena. Tem gente que acha que já cresceu bastante. Para meus pais, é quase um troféu. Outro dia meu pai tentou exibi-la. Foi assim:
Pai - Olha só, olha o tanto que a barriga dela tá grande!
Amigo - Tá não.
Pai - Tá sim, olha aqui!
Amigo - Ela tá de três meses?
Pai - Não, seis (ainda não tinha completado sete)
Amigo - Iiiih, tá muito pequena!
Tadinho, meu pai ficou desapontado.
Tem gente que ainda nem percebeu que ela existe - a barriga, claro. Na fila do banco outro dia, não usei meu 'poder preferencial'. Só havia duas pessoas na frente, resolvi esperar. Mas aí veio uma coroa muito enxuta e vaidosa, que deve mentir idade pra todo mundo, mas naquela hora resolveu assumir que era idosa. Ela logo foi sentando pra falar com o caixa e aí não aguentei. Dei o grito. Ela jogou na minha cara 'Tenho preferência! Sou idosa!' Eu, com um sorriso de vitória, respondi 'Também tenho, estou grávida!'. Ela ainda fez pouco caso. 'Nem vi sua barriga'. Foi engraçado, mas eu venci.
A coroa metida não sabe, mas minha barriga tem se manifestado cada vez mais. Eu me sinto a própria Shakira, com a diferença de que não preciso fazer nenhum esforço para mexer a barriga. É a dança da Alice. E tá animada, minha gente!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ser mãe de verdade

Já ouvi várias vezes a frase "Depois que você é mãe, sua vida muda". As mudanças, claro, começam no primeiro mês de gravidez, com todas as alterações hormonais e 'sintomas' e compras e exames...Essas histórias todas que temos contado aqui. Mas acho que ontem senti pela primeira vez o verdadeiro significado disso. Eu, tão acostumada às agruras da vidinha de jornalista, fui cobrir mais um acidente. Quando cheguei à rodovia, fiquei assustada com o número de veículos envolvidos - 13 - e o estado deles. Pensei logo que haveria vítimas - e graves. Fui andando entre os carros amassados e pedaços de lataria e cacos de vidro e conversando com quem estava ali. E entre todos os carros vi um com duas cadeirinhas para crianças no banco traseiro. Procurei por elas. E encontrei uma mãe muito abalada, tremendo e duas meninas sem nenhum arranhão. Nada. Ela começou a me contar que sentiu o impacto, o carro rodou e ela só pensava em olhar pra trás e não conseguia...E quando conseguiu viu que estava tudo bem e sentiu um alívio muito grande, que foi um milagre elas não terem sofrido nada. E eu, tão metida a durona, que já cobri tantos acidentes com vítimas graves e fatais, senti um nó na garganta e comecei e chorar. Simplesmente porque elas estavam bem. Eu me senti mãe naquele momento.
P.S.: Em tempo: Das 20 pessoas que estavam nos 13 veículos, nenhuma foi para o hospital. Metade teve ferimentos leves. Foi mesmo impressionante.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nescau materno

Hoje rolou um diálogo com a mãe da Alice deveras interessante. Engraçado como pra conseguir o que quer, ela usa argumentos surreais. E eu, um atento fiscal da alimentação, fico embasbacado.
Olha só.

Pai: Cê hoje não almoçou direito.
Mãe gestante: É, comi duas colheres de arroz e seis de palha italiana!
Pai: Cê e essa menininha aí só pensam em chocolate! Toda vez que cê come chocolate ela agita aí, que eu sei. Ela vai nascer e vai querer Nescau logo de cara.
Mãe gestante (usando um argumento absurdo pra enganar o marido): Então, se eu comer bastante chocolate até lá, meu leite já vai sair achocolatado. Viu, que beleza?
Pai: !!!!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Preferencial ou não, eis a questão

Outro dia me senti tentada a optar pela fila preferencial em uma loja. A outra fila estava enormeee e o marido ficou insistindo 'Deixa de ser boba, você tem direito. Olha o tanto que vai demorar!'. Sei que tenho direito, sei que aquela fila com desenhinhos em azul também foi feita pra mim, mas fico constrangida. Não sei explicar, mas tenho vergonha, parece que estou querendo levar vantagem. A barriga também não ajuda. Nem todos percebem que é morada de uma menininha. Já pensou se alguém me dá uma bronca? Aliás, o tamanho da barriga merece um capítulo. Mas é pra depois.

domingo, 31 de outubro de 2010

Alice in the sky with diamonds

Passo meus dias pensando em como Alice vai ser. Imagino ela bebê, com três e cinco anos. São as idades que mais me pego imaginando. Já pensei nela adolescente também, menos. Fico pensando também em como vou cuidar dela, o que tenho de fazer, o que preciso fazer, o que falar, ensinar. Enfim, é um exercício diário de imaginação. Acho que esse exercício imaginativo serve pra tentar fazer o tempo passar mais rápido. Serve também pra tentar trazê-la aqui pro nosso mundo. Enquanto isso a gente prepara o mundinho dela aqui, roupinhas, berço, quarto e trilha sonora. Aliás, música e moda já andam juntas. Essa semana mesmo eu encomendei o body dos Beatles pra Alice. Será que ela vai gostar de Beatles?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Hein? O que? Cuma?

A gravidez muda a vida da gente. É inevitável. Isso todo mundo sabe. Mas não estou falando apenas dos quilinhos a mais, do pé que parece que vai explodir, das roupas novas, das consultas mensais, das mudanças na alimentação e das alterações hormonais e emocionais. Eu, símbolo da atenção, eu, que sempre penso em todos os detalhes, eu, que raramente esquecia alguma coisa, de repente, não mais que de repente, 'enlerdei'. O neologismo é auto-explicativo. Nem estou me reconhecendo nas últimas semanas. Esqueço compromissos, vou perguntar alguma coisa para o entrevistado e não lembro, faço coisas patéticas como trabalhar com a calcinha do avesso ou desligar o telefone sem me despedir só porque vi uma pessoa com queria falar. O que me apavora é que colegas que já passaram pela mesma situação são catastróficas. 'Só vai piorar' ou 'Nunca mais você vai voltar ao normal' são frases que tenho ouvido ultimamente. Não sei onde isso vai parar. Tenho medo de pensar no assunto. Confesso, enlerdar não estava nos meus planos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Será?

O site especializado, em seu boletim semanal, apresentou a seguinte pergunta: ' Como saber se você será uma boa mãe?' Fiquei pensando nisso. Como? Não sei, acho que ninguém sabe. Não sou do tipo que mulher que passou a vida sonhando em ser mãe nem contando os dias pra isso acontecer. Não fiz planos durante anos. Eu sou prática. Acho que não dá passar pela vida sem essa experiência. Se você se arrepende mais tarde, não dá pra voltar atrás. Já que é assim, pensei 'beleza, vamos lá!'. Amigas talvez tenham se cansado das perguntas frequentes: 'Como vou saber que é a hora certa? Você sentiu isso? E se eu me arrepender depois?'
Eu não sou super mulher. Sou humana, com as minhas fraquezas e dúvidas. Não tenho características normalmente associadas a uma super mãe. Sou impaciente, sou ansiosa, tenho alterações de humor, sou desajeitada muitas vezes e, pior, adoro quando criança faz uma 'arte' daquelas. Como vou agir quando minha filha fizer algo errado? Como vou saber o que dizer? Como vou ensinar a se comportar desta e não daquela maneira? O que vou responder quando ela fizer perguntas cabeludas? Como me comportar bem, de forma a não encutir medos, visões e ansiedades que são minhas? Não tenho como responder nada disso. Não sei se um dia terei respostas. Não sei se alguma mãe tem.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Obrigada, modernidade!

Conversando com minha mãe aprendi a admirá-la ainda mais. Segundo consta, na época em que eu era só um bebezinho, não havia fraldas descartáveis. Então ela usava pilhas e pilhas de fraldinhas de pano que depois eram lavadas e passadas e usadas e lavadas e passadas e usadas... Com a ajuda, é claro, das calças plásticas, que tentavam inutilmente evitar que o xixi da pobre criança vazasse nos braços dos pais e no colchão do berço. Ser mãe naquele tempo era ainda mais difícil. Trabalho incansável, dedicação integral. Não sei se conseguiria. Incrível como produtos tão simples quanto fralda descartável facilitam tanto a vida da gente. Ainda bem que tudo vai evoluindo. De repente, quando chegar a hora de a nossa pequena ter o bebezinho dela, já exista até uma máquina pra colocar a criança sujinha e retirar já trocada, limpa, com cheirinho de perfume. Delícia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Montanha russa

Aparentemente, tudo está bem. Mas aqui dentro os hormônios não dão trégua. É uma montanha russa constante. Sobe e desce, vai e vem, com ou sem hífen. Não sei muito bem lidar com isso. Reajo com espantosa calma em algumas situações e com estrondosa irritação em outras. Não sei quando vem a reação boa ou a ruim. Não dá pra planejar. Só receber isso, esperar passar e respirar fundo. Difícil mesmo é fazer as pessoas entenderem. Elas teoricamente deveriam, mas não é sempre assim.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

E as compras continuam

Não é à toa que a gravidez tem 9 meses, na verdade 10. É tempo pra gente ir se programando, aprendendo a lidar com as mudanças - que, claro, serão ainda maiores após o nascimento da nossa filhotinha. Mas por enquanto o corpo ainda muda devagar e tenho disposição para elas, as benditas compras. Não dá pra fazer tudo de uma vez e em outros tempos eu ia ficar muito ansiosa com isso. Mas agora estou tranquila e curtindo a fase. Nesta semana foi a vez do carrinho e do bebê conforto. Achei uma parte chatinha. Escolhi só a estampa e fui me distrair namorando vestidos. Enquanto isso o pai recebia lições minuciosas sobre a montagem e a utilização do equipamento. Prefiro aprender na prática depois. A empurrar, claro...Esse negócio de montar não é pra mim. Melhor me ocupar da compra de calcinhas com lacinhos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O tempo passa, o tempo voa

O ano está mesmo voando. A musiquinha da poupança Bamerindus não sai da minha cabeça. Continua atual, apesar da contradição. A poupança Bamerindus não existe mais, mas o tempo passa, o tempo voa. Se a gente não vê o ano passar, imagine as semanas. Já estou chegando a vinte, cinco meses. O bebê já é capaz de escutar. E eu me diverti hoje com a dica do site especializado (sempre ele!): 'Leia e cante para ele. Essa, aliás, é uma ótima tarefa para os pais participarem da gravidez de algum modo'. Há. Os pais são mesmo muito humilhados neste processo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Roupa de bebês: a aventura

Cueiro, toalha-fralda, pagão e body. Descobri essas palavras comprando roupas para a nossa menininha que vem aí. Juro que antes de escrever cada uma dessas palavras não consultei o Google. Além dessas aí, tem também a mantinha, as fraldinhas de limpar a boca, as meias, as luvinhas - que descobri que não são para aquecer, mas pra evitar que o bebê se arranhe com as próprias unhas. Bom, já sei o que são e até como são, agora falta descobrir como usá-los. Sim. A sensação que tive quando pisei pela primeira vez em uma loja de roupas para bebê, foi de que eu não saberia vestir um bebê. O que comprar? Qual o tamanho certo? O que é útil e dispensável? Enfim, pra pai-marinheiro de primeira viagem a turnê às lojas de bebê é um mundo novo. Só o começo dessa aventura que é ser pai. E lá vou eu aprendendo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mexe-mexe

Há algumas semanas comentei aqui sobre a sensação (que os sites informaram) que as mulheres apresentam quando o bebê mexe. Lembram das cambalhotas? Pois é, descobri que é bem sutil...Descobri porque comentei com minha mãe 'estou com um incômodo na barriga, parece gases, mas não é'. Pronto. O segredo foi revelado. É o bebê. Agora eu já sei. E sinto.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ele me pegou

Os sites me avisaram. As amigas que já ficaram grávidas também. Mas eu pensei que fosse passar pela gravidez sem ele. Estava indo tão bem...Mas de repente, não mais que de repente...Ele me pegou. O sono incontrolável não perdoa. Quando vem, não há santo que resolva. Eu simplesmente capoto. Doida pra pegar um cineminha, mas quem disse que animo depois das 20 horas...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E lá vem ela!

Uma mãe. Duas irmãs mais velhas e eu lá, o caçula. Não conheci nenhum avô, mas tive uma avó de peso. Várias tias, cada uma mais figura que a outra. Cresci rodeado de mulheres. Todas singulares. Todas marcantes. Veio mais uma, minha esposa. Única, eterna. E, então, eu recebo a notícia, lá vem mais uma: minha filha! Sempre foi assim, são elas que mostram um norte pra minha vida. Com o pai se aprende fácil. Com ele é mais simples, é o modelo que queremos aceitar. Com meu pai sempre dividi os gostos. Divido também alguns semelhantes defeitos de fabricação masculinos. Alguns gerais e outros dos homens da família Alcântara. É normal. Entre nós, homens, há menos surpresas. Acho que quando existem, nos pegam mais desprevenidos, é certo. Mas nos entendemos. Sabemos o que esperar. Tá tudo ali, implícito quando calamos, inclusive. Com as mulheres é diferente. É outro mundo. Se você não for besta, vai aprender muito mais ao conviver com elas do que elas com você. É assim desde que somos moleques. É preciso se desarmar um pouco e isso não é fácil. Mas eu já estou acostumado. E estou aqui só começando a aprender. Mais uma vez.              

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Agora é certeza

Caros visitantes, não foi por acaso que o design do blog mudou. Hoje descobrimos que minha barriga (ainda parece banha) é morada de uma menininha de 20 centímetros e bem barrigudinha. Então agora o blog pode ter uma cara mais personalizada, mais adequada ao mundo rosa, lilás e vermelho de bolinhas brancas que estamos aprendendo a conhecer. Bem, eu na verdade só preciso buscar referências de algumas décadas atrás. Já para o pai tudo é uma descoberta. Parece um menino que acabou de entrar na escola e descobriu o sexo oposto. Acho que ele agora vai viver tudo isso de novo. Redescobrir o universo feminino, agora com um olhar bem diferente (por favor, não pensem na piadinha consumidor-fornecedor, estou tentando ser mais profunda). Hoje na sala de espera do médico vi um rapaz lendo 'Como criar meninas'. Acho que vou comprar pra ele.
Agora que já sabemos o sexo do anjo, eu posso confessar: sempre quis ter uma menininha.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tá explicado

Recebi o boletim semanal do site especializado em gestação, bebês e afins. Entre os temas da semana, a explicação:
"Por que estou tendo sonhos tão estranhos e realistas?
Se seus sonhos estão mais bizarros que o normal, com animais que falam ou fantasmas do passado, os prováveis responsáveis são a progesterona que corre cada vez mais pelas suas veias e a ansiedade e a apreensão com a gravidez e a perspectiva de se tornar mãe. Tente conviver o melhor possível com esse novo mundo virtual". Ah, tá.
Em tempo: segundo o site, no momento o bebê se diverte brincando com o cordão umbilical. Tadinho, tão poucas opções pra brincar...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Canções para não dormir

O comércio para bebês tem de tudo. Os pequenininhos ainda nem tem preferências, mas as ofertas são variadas. Antes eu nem reparava muito nesses produtos. Mas hoje nada passa batido. Hoje recebi um email com uma oferta completamente recusável. A nova edição do DVD "Bebê mais cantigas". Música pros bebês? Ótimo! Eu já estou pensando no primeiro equipamento de som do nosso bebê. Mas não será qualquer música. Bom, o DVD oferece o seguinte: "...o universo musical das melhores cantigas brasileiras (...) com as participações especiais de Dinho Ouro Preto e Nando Reis". Ôpa. Aí não. Imagina se eu vou colocar "Pirulito que bate, bate" - sim, ele canta essa música - na voz de Dinho Ouro Preto pro meu bebê dormir? Não, não vou. Você colocaria?

As urgências da gravidez ou O primeiro desejo

Foi ontem. 16 semanas e um dia. E de repente surgiu o desejo incontrolável. Não, não quis comer tijolo nem lamber asfalto quentinho. Não quis suco de melancia com hortelã nem de jaca com mel. Lenda esse negócio de desejos absurdos. Acho que no fundo é carência. Eu apenas, numa noite quente, quentíssima, desejei imensamente uma garrafinha de H2O sabor maçã com limão. Na padaria não tinha. O jeito foi passar numa loja de conveniência do posto. Pronto. Desejo atendido. Sou uma grávida boazinha. O pedido foi praticamente em horário comercial. E agora (ufa!) o bebê não vai nascer com cara de garrafa pet.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

As noites e o que elas trazem

Li em algum lugar, talvez em um super site especializado, que grávidas geralmente têm pesadelos. Se eu já costumava ter antes, imaginem agora...Outro dia sonhei que meu marido estava dando corda para uma japonesa ruiva. Foi o suficiente para armar um super escândalo no sonho, com frases do tipo 'Vc é casado é com essa japa?' e, ao primeiro sinal de reação da moça, 'Filhinha, eu por acaso estou falando com você?'. O sonho (ou pesadelo?) acabou antes de começar a pancadaria, mas no outro dia nem queria olhar pro coitado do marido.
Ontem foi outra noite de pesadelo. Não consegui lembrar até agora o que aconteceu, mas sei que dormi vendo novela e acordei berrando duas horas depois. Só lembro do coitado correndo da sala para o quarto, interrompendo um ótimo jogo em que Flamengo e mais algum time que esqueci agora empatavam em 0 a 0, na tentativa de me acalmar. Segundo ele, foi berreiro digno de filme de terror. Ainda bem que esqueci tudo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os sites especializados. Hein?

Junto com a gravidez, claro, vem a curiosidade. Você quer saber o que o bebê fica fazendo lá dentro já que você não pode ver. É nessa hora que a gente apela para os sites especializados - ou quase. Tem um que manda boletim toda semana. Gostei. Para as interessadas, é http://brasil.babycenter.com/ Então na semana passada descobri que o bebê já fica vesgo dentro da barriga. Achei isso de muita utilidade. Porque aí fico imaginando o bichinho vesguinho da silva. Pense. E nesta semana já sei que ele consegue soluçar e dar cambalhotas. Mas eu (ainda) não sinto. A frase do site é hilária. "Esses movimentos iniciais podem até parecer gases, mas são, na verdade, as cambalhotas de seu filho". Então tá. Da próxima que vez que pensar em soltar um pum, vou lembrar disso.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E são nove meses. Isso, nove meses.

Confirmado: vocês estão grávidos. Pra mim, a notícia extrapolou os conceitos de medição de uma notícia. Boa, ótima, sensacional? Não há como medir. Vamos ter um filho, uma filha! Estamos vendo nascer a nossa família. Minha, dela e do bebê. Não é incrível? Sim, é! É demais! O que? Ahn? Nove meses? Tem que esperar nove meses? É mesmo, hein? Nove meses. Caramba! Nove meses! Como eu vou aguentar?

A notícia da chegada de um bebê é assim. Uma alegria incomensurável e uma espera inevitável. Para o pai, é isso. Meu corpo não vai mudar, não vou ter de passar pelos exames, usar os cremes, tomar as vitaminas, comprar novas roupas, sentir os enjôos. Vou estar ali, ao lado, sempre, em todas as horas. Sim. Vou estar ali ajudando, apoiando. Esperando. Eu não sei como é a espera para a mãe, certamente é diferente. Todas as mudanças biológicas, enfim. Talvez isso ajude um pouco a mamãe vivenciar aos poucos os noves meses. Pro pai? Eu já queria pegar o bebê no colo logo depois de ler o resultado positivo do teste de gravidez.

Mas vamos lá. As coisas boas tem mesmo seu tempo para acontecer, maturar. No caso do nosso bebê são nove meses. E imagino que o tempo deve ser ficar irrisório comparado à alegria no dia do nascimento. Depois dessa constatação, eu resolvi curtir tudo. Os exames, a compra das roupinhas, os livros de guia do papai. Curtir mais uma vez a confirmação de que preciso ser o braço direito dela, ficar ao lado, presente sempre. Em tudo.

A barriga

Logo após a notícia da gravidez ser espalhada pelos quatro cantos do seu mundinho, você descobre que vai ter que aprender a lidar não só com a sua ansiedade, mas com a dos outros também. E a principal pergunta - excluindo, claro, a do sexo do bebê (calma, ainda não sabemos!) - é sobre a barriga. 'Uai, não vai aparecer não?' e 'Cadê a barriga?' são os questionamentos que mais ouço no momento. Mas tem gente que já vê por outro ângulo. 'Menina, já tá pontuda!'. 'Seu corpo está mudando, né? Até seu rosto está diferente!' O que posso dizer é que olhando assim, do meu ângulo, de cima pra baixo, estou achando gigante! Estar grávida é ficar de olho na balança. Por hora, segundo a médica, posso ganhar míseros 100 gramas por semana. Será que dá pelo menos pra continuar comendo chocolate todo dia?

domingo, 22 de agosto de 2010

O princípio

A notícia da gravidez foi engraçada. Primeiro, o teste de farmácia. 'Ei, tá dizendo aqui que um risquinho azul quer dizer gravidez'. Será? Melhor fazer o exame de sangue. No mesmo dia saiu o resultado: positivo. Mas e se estiver errado? Melhor confirmar com ultrassom. Durante o exame, a médica disse 'olha, o bebê é esta carninha aqui'. Então quer dizer que tem bebê? Antes mesmo da confirmação formal, o corpo já dava sinais de que havia algo de novo. Mal estar e muitos, muitos enjoos. Eles agora são mais fraquinhos. Conforme o tempo vai passando, vão diminuindo também. Aliás, contar o tempo foi o primeiro aprendizado da gravidez. Descobri que o ano não deve ser contado por meses, mas por semanas. Hoje mesmo estou completando a 15ª. E logo meu cérebro vai tentando converter isso em meses. São quase quatro. Mas a contagem por semanas não é só uma chatice de médico. Descobri a finalidade. Quando você está grávida, uma semana pode ser muito longa, com muitas experiências e mudanças. O bebê que você abriga vai mudando de uma semana para outro, seu corpo também. E você aprende a aceitar tudo o que aquela semana reserva pra você.